Se você atua em um Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), provavelmente já atendeu uma gestante com esse pedido de exame e surgiu a dúvida — “é seguro fazer Raio-X na gravidez?”.
Essa é uma situação em que a tomada de decisão envolve muito mais do que técnica. Tem a ansiedade da paciente, o risco de exposição ao feto, a cobrança por agilidade e a necessidade de seguir à risca os protocolos.
A boa notícia é que dá pra encarar esse tipo de exame com mais tranquilidade e confiança desde que você tenha clareza sobre os cuidados que precisa tomar e conte com sistemas que te apoiem na prática, como o RIS (netRIS) e o PACS (Animati PACS) integrados.
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Principais riscos do Raio-X na gravidez
Ao atender uma pessoa que precisa de um raio-x na gravidez, o principal ponto de atenção está na exposição à radiação ionizante, já que ela pode representar riscos ao feto:
1.Momento da exposição: os primeiros trimestres são especialmente sensíveis. Nessa fase, o feto está em pleno desenvolvimento e qualquer interferência pode trazer consequências mais significativas.
2.Níveis de dose: existe um consenso na literatura sobre os limites considerados seguros. Doses abaixo de 50 mGy são geralmente vistas como de baixo risco, sem associação direta com efeitos como aborto ou má-formações. Já exposições acima de 100 mGy levantam alerta e devem ser evitadas sempre que possível (apesar de não ser muito comum doses nesse nível).
3.Riscos possíveis: embora a maioria dos exames de raio-x na gravidez, quando bem indicados, não represente um risco real à saúde fetal, sempre existe a preocupação com efeitos como aborto espontâneo, anomalias congênitas ou restrição de crescimento intrauterino.
4.Balancear riscos e benefícios: em muitos casos, deixar de investigar uma suspeita clínica relevante pode trazer mais prejuízos à saúde da mãe e do bebê do que a própria exposição. Por isso, o diálogo com a equipe clínica e com a paciente é essencial.
Quando o raio-X na gravidez pode ser indicado?
Durante a gestação, os exames de imagem precisam ser escolhidos com cuidado, pensando sempre no bem-estar da mãe e na segurança do bebê. Alguns métodos são mais indicados que outros dependendo da situação, e entender como cada um funciona pode ajudar bastante a tomar decisões mais tranquilas e conscientes.
Radiografias (Raio-X)
Os tipos mais comuns realizados durante a gravidez são os de crânio, tórax, coluna cervical, coluna torácica e extremidades.
A quantidade de radiação nesses exames costuma ser muito baixa e, na maioria das vezes, não oferece risco significativo ao feto.
Para garantir ainda mais segurança, os profissionais adotam medidas importantes, como usar aventais de chumbo para proteger o abdômen, limitar o feixe de raio-X apenas à área necessária e manter os aparelhos sempre calibrados e revisados regularmente.
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Tomografia Computadorizada (TC)
Se for uma tomografia do crânio, tórax ou pescoço, por exemplo, a radiação que chega ao útero é bem pequena e geralmente não representa risco.
Mesmo assim, segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, é uma boa prática usar um avental de chumbo para proteger ainda mais e deixar a gestante mais tranquila.
Agora, se o exame envolve a barriga, pelve ou parte inferior das costas, os profissionais adotam técnicas específicas para reduzir a radiação ao mínimo necessário. Eles delimitam com precisão a área do escaneamento, ajustam a intensidade dos raios e configuram os equipamentos para registrar as imagens com máxima eficiência, evitando repetir ou prolongar o exame.
Em alguns exames, os profissionais podem usar contraste iodado — uma substância que ajuda a destacar certas estruturas nas imagens.
Esse contraste pode atravessar a placenta, mas os efeitos no bebê geralmente são leves e passageiros. A decisão de usar ou não depende do quanto o exame é importante para o diagnóstico da mãe.
Ultrassonografia (US)
É a primeira opção em muitos casos, pois não utiliza radiação e é totalmente segura tanto para a gestante quanto para o bebê.
Serve para acompanhar o desenvolvimento do feto, mas também é útil para investigar dores abdominais ou alterações nos rins, por exemplo.
Em alguns casos, os profissionais realizam o exame por via endovaginal para obter imagens mais claras no início da gestação.
Ressonância Magnética (RM)
Assim como a US, a ressonância não usa radiação ionizante, o que a torna uma alternativa segura durante a gravidez.
Os profissionais indicam esse exame quando a ultrassonografia não fornece todas as informações necessárias.
Os médicos geralmente evitam o uso de contraste, mas, se necessário, avaliam essa decisão com muita cautela, pois algumas substâncias podem atravessar a placenta.
Radiografia digital diminui a incidência de radiação
Segundo o artigo do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a radiografia digital pode ajudar a reduzir a dose de radiação absorvida pela gestante, sem perder a qualidade das imagens.
Isso é possível porque o exame digital permite ajustes mais precisos na técnica, otimizando a exposição e garantindo diagnósticos mais seguros.
Com o Animati PACS, sua clínica tem acesso a um sistema completo para armazenar, visualizar e compartilhar esses exames digitais com eficiência — oferecendo mais segurança para a gestante, para o bebê e mais tranquilidade para os profissionais.
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